O segredo de Enoque e de Noé

Na Bíblia encontramos o registro de que apenas dois homens “andaram com DEUS”: Enoque e Noé.

Como resultado desse comportamento ambos tiverem um tratamento especial da parte de DEUS.

Enoque foi levado para o Céu e por isto, não conheceu a morte.

Noé foi salvo de morrer no Dilúvio e ainda pôde ter consigo a sua mulher, seus três filhos e as mulheres de seus filhos, e assim, com Noé DEUS preservou a vida do homem na terra e manteve o mundo que hoje temos.

Mas o que significa “andar com DEUS”?

Ou, antes, o que significa “andar com alguém”? Por lógica se chega a conclusão que é “andar nos mesmos passos de alguém”. Sim, porque quando você diz que vai “andar com um alguém” é o mesmo que estar dizendo que estará caminhando ao lado desse alguém e que por consequência você terá também que estar nos mesmos passos desse alguém.

Muitos dizem que Enoque e Noé faziam o que agradava a DEUS. Está bem, mas o quê Enoque e Noé podiam fazer para agradar a DEUS? Porque eles não tinham a Lei de DEUS, como referência, para saber o que agradava a DEUS.

A Lei de DEUS só foi dada no Monte Sinai mais de 1500 anos depois que Enoque foi levado para o Céu e cerca de 1000 anos depois do Dilúvio.

Sendo assim, como viviam Enoque e Noé para que DEUS atentasse para eles e deixasse registrado pelas mãos de Moisés, que eles “andavam com DEUS”?

Está escrito que “onde não há lei também não há transgressão”. Isto é verdade até na lei feita pelos homens.

E então? Não é interessante como a lei dos homens copia em diversos aspectos da Lei de DEUS contida na Bíblia? Mas no tempo de Enoque e de Noé, os homens não tinham a Lei de DEUS para ter como base.

O curioso é que num mundo totalmente sem lei, onde todos viviam de acordo com os seus próprios pensamentos, enfim, num mundo onde DEUS ainda não havia dado a Sua Lei, dois homens “andavam com DEUS”.

Vamos raciocinar, lembrando que DEUS quer de nós um culto racional, porque para isto Ele nos capacitou.

As orientações de DEUS que Enoque e Noé certamente conheciam, porque Adão lhes ensinou, era:

  1. De toda árvore que há no jardim comerás livremente, mas da árvore da conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia que dela comeres, certamente morrerás;
  2. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Dessas duas orientações é preciso que se entenda o que é mandamento e o que não é mandamento.

Mandamento é o que DEUS “mandou”, portanto, quando não é observado e, consequentemente, transgredido, surge o pecado que gera a morte. O que foi o caso de Eva e em seguida de Adão.

Assim sendo, é fácil verificar que a primeira orientação não era apenas orientação, era Mandamento, porque DEUS sentenciou com a morte, caso não fosse obedecido.
Não se pode deixar de considerar, que apesar de DEUS ter dito “certamente morrerás”, DEUS não os matou quando transgrediram. Significando que a escolha por morrer foi do homem e não de DEUS. DEUS nunca quis que o homem morresse, mas DEUS estabeleceu uma condição para que continuassem vivendo.

A segunda orientação, também é fácil de ver que se tratava apenas de orientação e não de um Mandamento, porque DEUS não sentenciou com a morte caso não fosse obedecida.
Portanto, é fácil concluir que a segunda orientação tratava-se de um estatuto, ou seja, uma forma de viver neste mundo que identificava o homem com DEUS, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS.

Nos tempos de Enoque e de Noé, a primeira orientação, que era um mandamento, não era mais possível ser observado, porque o Jardim do Éden, foi fechado aos olhos dos homens, em virtude da desobediência de Adão e a consequente expulsão de Adão do Jardim, portanto, não foi esta a justiça que Enoque e Noé praticaram.

A segunda orientação que não é um mandamento, pode representar que eles fizeram a vontade de DEUS, porque no relato bíblico não informa que Enoque tenha tido mais de uma mulher e quanto a Noé, ele teve somente uma mulher, mas não foi esta a justiça que Enoque e Noé praticaram que denotasse a observação que “andavam com DEUS”, porque outros homens de valor são citados na Bíblia e que foram maridos de uma só mulher e não foram mencionados como homens que “andavam com DEUS”, até porque isto significaria apenas obediência a DEUS.

E além do Mandamento e do Estatuto, o que mais havia, que pudesse ser considerado por DEUS de tão alta importância e que O motivasse a levar Enoque para o Céu e a considerar Noé apto a continuar com a humanidade?

Uma única coisa: O imitar a DEUS, afinal fomos criados à sua imagem e semelhança.

DEUS após criar todas as coisas fez para o homem mais uma coisa importante: Um dia de descanso, ou seja, o sétimo dia da semana.

DEUS valorizou tanto o sétimo da semana como dia de descanso para o homem, que Ele próprio, apesar de estar nas escrituras que DEUS não se cansa nem se fatiga, descansou no sétimo dia, claramente para nos dar o exemplo ou um motivo claro para imitá-Lo.

Para além do descanso, há o registro de que DEUS abençoou e santificou o sétimo dia. Santificar significa separar.

Mas DEUS, apesar de Ele mesmo ter descansado no Sábado, nunca deu o descanso do Sábado como mandamento para ninguém, o que reforça mais uma vez que o objetivo era nos ajudar a identificar uma forma de imitá-Lo.

Apesar de o 4º mandamento da Lei de DEUS estar falando sobre o Sábado, ao lermos encontraremos: “Lembra-te do dia do Sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu DEUS; …” e não “Descanse no dia de Sábado …” ou “Guarde o dia de Sábado para o descanso …”

O “Lembra-te” significa que no Monte Sinai o Sábado já estava estabelecido como mandamento, então vamos ter que voltar um pouquinho.

DEUS escolheu a nação de Israel como Seu Povo particular por causa da promessa feita a Abraão e, por isto, tirou Israel da escravidão no Egito e o conduziu pelo deserto à Canaã.

(Israel foi o nome dado por DEUS a Jacó quando decidiu fazer de Jacó uma nação. Jacó era filho de Isaque, que era filho de Abraão.)

Mas como era difícil o povo se alimentar no deserto, DEUS enviou para o povo o Maná, um pão que descia do céu como um orvalho e era colhido pelo povo todos os dias pela manhã.

Todos os dias, menos no Sábado, que é o Sétimo dia.

DEUS ordenou ao povo que cada um colhesse uma porção suficiente para cada dia, mas que no sexto dia colhesse duas porções, uma para o sexto dia e outra para o sétimo dia, porque no Sétimo dia o Maná não cairia do Céu.

Alguns do povo desobedeceram a DEUS e em dias anteriores ao sexto dia colheram uma porção maior que o suficiente para um dia e do que sobrou para o dia seguinte tinha bicho e cheirava mal.

Esses foram reclamar com Moisés e então Moisés esclareceu que não podiam colher mais do que o suficiente para um dia, exceto no sexto dia da semana, que deveriam colher duas porções, uma para o sexto dia e outra para o Sétimo dia.

Moisés disse: “Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor: o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã.”

O povo colheu em dobro no sexto dia e o que sobrou para o Sábado não cheirou mal e nem deu bicho algum.

Aconteceu que quando chegou o Sábado, o sétimo dia, alguns do povo foram no campo buscar colher o Maná e não o encontraram e foram falar com Moisés e DEUS se irou contra eles e perguntou para Moisés: “Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?”

E foi a partir daquele momento que o Sábado se tornou Mandamento e dia de descanso para o povo de Israel.

Para além de ser Mandamento e que, portanto, gera a morte, observar o Sábado como dia descanso, se tornou para Israel um sinal entre eles e DEUS. Sinal de quê? De que eles são o povo de DEUS.

Mas antes do evento do Maná, como disse, DEUS nunca havia dado o Sábado como Mandamento para ninguém.

Enoque era penta neto de Adão e Noé era bisneto de Enoque. Fácil concluir, que no tempo de Enoque e de Noé o povo de Israel ainda não existia, mas menciono apenas manter isto em mente.

Portanto, Enoque e Noé viveram nesse tempo onde a observação do Sábado não era Mandamento para ninguém.

Enoque nasceu quando Adão tinha 622 anos e Adão morreu aos 930 anos, portanto Enoque conviveu com Adão durante 308 anos, ou seja, tiveram tempo suficiente para falar a respeito da Criação, do Éden e do pecado.

Certamente Adão, quando falou da criação para Enoque, também falou para Enoque que DEUS descansou no sétimo dia da criação.

Enoque, acreditando nas palavras de seu tataravô Adão e querendo uma forma de se relacionar com o DEUS, que ele não via mais, acabou encontrando uma forma: Observar o Sábado, o sétimo dia da semana, como dia de descanso também. Ao que parece, naqueles dias, ninguém agia assim.

E assim, aos 65 anos Enoque passou a observar o Sétimo dia da semana como dia descanso e assim o fez por 300 anos.

Enoque quando passou a observar o sétimo dia como dia de descanso tinha que ficar em observação constante, dia após dia, para que quanto chegasse o sétimo dia ele pudesse mais uma vez imitar a DEUS e também descansar no sétimo dia e por isto ele “andava com DEUS”, ou seja, nos mesmos passos que DEUS no tempo, ou seja, dia após dia.

Enoque viu Adão morrer, o primeiro homem que DEUS criou, seu parente, mas continuou “andando com DEUS”.

E quanto a outros preceitos de DEUS que conhecemos hoje? Enoque praticava? Não sei, mas, como explicado acima, não havia outros preceitos dados por DEUS para que Enoque praticasse.

Então, pode ser que Enoque praticasse ou tenha praticado outras coisas que transgrediam a Lei dada no Monte Sinai e que hoje impediriam um homem de entrar no Reino dos Céus? Certamente que não, por quê? Porque está escrito que “onde não há lei, não há transgressão”.

DEUS ainda não tinha dado a lei, portanto, Enoque não tinha informação do que mais agradaria a DEUS.

Quanto à observação do Sábado, como DEUS nunca mencionou que o homem deveria também observar, Enoque não sabia se agradaria a DEUS ou não, mas entendo que Enoque observava porque queria se identificar com DEUS, ou seja, considerando o que o seu tataravô Adão tinha falado para ele.

Assim sendo, compreendo que Enoque foi levado para o céu simplesmente por observar o sétimo dia como dia de descanso e nada mais, porque imitava a DEUS num mundo totalmente corrompido, com homens que somente tinham a sua imaginação para praticar o mal, ou seja, coisas que não agradavam a DEUS.

Num mundo totalmente perdido e sem direção, tinha um homem que não sabia exatamente o que fazer, mas uma coisa ele sabia: Tinha saído das mãos de um DEUS criador e Este DEUS criador descansou no sétimo dia, e através desse ato, ele se agarrava a única atitude que podia ter que o ligava à criação.

Noé nasceu e soube que seu bisavô Enoque tinha sido levado por DEUS para o céu, e soube também que seu bisavô Enoque tinha o hábito de observar o sétimo dia como dia de descanso, e assim deve ter também compreendido a razão e resolvido também fazer a mesma coisa para se separar das atitudes dos homens que viviam naquele tempo e se aproximar de DEUS, e desta forma também passou a “andar com DEUS”, ou seja, todo dia ficava atento para observar a chegada do sétimo dia da semana para descansar e cada vez mais DEUS ia fazendo parte do seu dia-a-dia, fazendo parte da sua vida, então passou a “andar nos passos de DEUS”, a “andar com DEUS”, e assim o fez por todos os 500 anos de sua vida antes do dilúvio.

E por causa desta atitude DEUS olhou para Noé com esperança e que a partir de Noé pudesse surgir um povo que pudesse habitar eternamente na terra.

Como sempre, DEUS estava certo, porque na genealogia de Sem, filho primogênito de Noé, nasceu Abraão e na genealogia de Abraão, nasceu o SENHOR JESUS, o CRISTO, o escolhido de DEUS, para Reinar para sempre entre os homens.

Mas, porquê DEUS salvou também a família de Noé? A Bíblia não revela que os filhos de Noé também “andavam com DEUS”, mas entendo que DEUS, logicamente, considerou que Noé não poderia repovoar a terra sozinho, além disso, Noé já teria que suportar ver todos os seus parentes perecem no dilúvio, imagina como ele ficaria vendo os seus filhos perecerem também? Certamente que não fazia sentido deixar os filhos de Noé para trás.

Portanto, DEUS salvou a família de Noé por causa de Noé e não por causa de qualquer justiça que seus filhos tenham praticado.

Mas é preciso entender que a salvação dada a Noé foi a salvação da morte pelo Dilúvio e não a salvação para uma vida eterna, como foi no caso de Enoque, Enoque foi salvo para a Vida Eterna.

Portanto, o mundo que hoje existe, onde nós somos participantes desde o Dilúvio, é um mundo que vive no legado de Noé, porque foi por causa do comportamento de Noé que ainda estamos aqui.

E é preciso nos perguntarmos, qual foi o legado de Noé?

E a resposta é simples e direta: O Sábado e o Casamento.

Noé era marido de uma só mulher, uma mulher que certamente nunca foi de homem algum porque senão não poderia ser classificada de “sua mulher”, portanto, ele a conheceu na virgindade.

Toda mulher que não é virgem, é porque já foi possuída por um homem que lhe tirou a virgindade e a tornou “sua mulher”, portanto, é mulher do homem que a possuiu.

Os Dez Mandamentos dados no Monte Sinai tem como base dois grandes mandamentos:

  1. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
  2. Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Nos 4 primeiros Mandamentos estão a vontade de DEUS para se alcançar cumprir o primeiro grande mandamento.
Nos 6 mandamentos seguintes estão a vontade de DEUS para se alcançar cumprir o segundo grande mandamento.

O mundo que hoje existe e a proposta de salvação que DEUS nos faz, só existe porque DEUS teve esperança na atitude desses dois homens, Enoque e Noé.

Na atitude de Enoque DEUS não viu motivo para buscar conservar o mundo, levou Enoque, e deixou que os homens seguissem o seu curso de vida natural.

Mas na atitude de Noé DEUS foi além e resolveu limitar a vida do homem em 120 anos e dar ao homem a oportunidade de se livrar da morte decretada.

E porquê DEUS resolveu fazer isto? Porque viu esperança na atitude de Noé e nos que nasceriam em sua genealogia, que somos nós, todos os que habitam hoje no mundo.

Quem sabe, pode ter pensado DEUS, que na descendência de Noé não nasceriam mais alguns que Ele poderia livrar da morte?

Foi nessa esperan

A Salvação que nos é proposta pelo SENHOR JESUS CRISTO é em duas etapas:

Quando temos um encontro com o SENHOR JESUS CRISTO, primeiro o SENHOR nos lava de nossos pecados passados e nos dá a oportunidade de fazermos a vontade de DEUS.

E se nos mantemos na obediência depois de sermos salvos aqui, o SENHOR JESUS CRISTO vem, em sua segunda vinda, e nos retira do mundo para estarmos com Ele para sempre.

Para os que se mantém limpos depois de serem limpos, a Vida Eterna começa ainda neste mundo, mesmo que haja um período em que passemos pela morte, seremos ressuscitados para viver a Vida Eterna.

A Salvação para viver uma vida eterna com o SENHOR JESUS CRISTO, somente ocorrerá na segunda vinda do SENHOR.

A salvação que recebemos antes da volta do SENHOR JESUS CRISTO, é a salvação que recebemos para passarmos a viver com DEUS neste mundo. Esta salvação poderá ser também para a Vida Eterna, se permanecermos no amor do SENHOR JESUS CRISTO até que Ele Volte.

Concluindo: A observação do sétimo dia da semana para descanso, uma atitude que Enoque e Noé tomaram num tempo onde não havia a Lei de DEUS, certamente é o Segredo de Enoque e Noé para que recebessem uma atenção especial da parte de DEUS e o homem ser poupado da sua extinção na terra.

E o estatuto da família é o segundo ponto de fundamental importância para todos os que almejam a Vida Eterna.

As Palavras do SENHOR JESUS CRISTO confirmam tudo o que estou escrevendo e sou forçado a acrescentar que o SENHOR JESUS CRISTO aperfeiçoou alguns dos 10 Mandamentos de DEUS, mas fez isto somente nos Mandamentos que tem haver com o nosso relacionamento com o nosso próximo, e também devemos atentar para isto.

Leia a Bíblia. A sua ignorância não é salvo conduto para a Vida Eterna.