O maior erro do Cristão é pensar que a sua Salvação depende de fatores externos a si mesmo.
Depois de aceitar o SENHOR JESUS CRISTO como Filho de DEUS e Salvador do mundo, a nossa salvação não depende de mais ninguém, nem mesmo do SENHOR JESUS CRISTO. Chocou? Eu explico.
Quando você chega doente ao médico, ele te examina, te tranquiliza dizendo que a doença tem cura, e te entrega a receita. A partir desse momento, a sua cura depende de quem? O médico fez o que precisava: te deu paz e orientação. Mas ele não pode tomar o remédio por você.
Assim é a vida do Cristão.
O homem, ao se apresentar diante do SENHOR JESUS CRISTO, carrega sobre si um decreto de morte desde o pecado de Adão. O SENHOR JESUS CRISTO o acolhe, perdoa seu passado e entrega a receita: “Creia em MIM, guarde os MANDAMENTOS de DEUS, e a VIDA ETERNA te darei no último dia.”
A partir disso, a VIDA ETERNA passa a depender exclusivamente de quem recebeu a Salvação. A Salvação é o ponto de partida, é a nova oportunidade. A VIDA ETERNA é a recompensa para os que souberam usar bem essa oportunidade.
Mas infelizmente, a maioria continua buscando SALVAÇÃO em pregações, jejuns, campanhas e cultos semanais. Vivem em constante dependência das mensagens, como se ouvir a “Palavra de DEUS” fosse suficiente para transformá-los.
Muitos justificam essa busca constante por pregações dizendo que “a fé vem pelo ouvir a Palavra de DEUS”. De fato, está escrito assim. Mas também está escrito que a fé, sem obras, é morta.
O que não se ensina é que a fé só tem poder para salvar quando é justificada pelas obras — ou seja, quando se transforma em prática, em obediência, em frutos visíveis. A fé que só ouve, mas não age, não salva ninguém.
Esse ensino desequilibrado é conveniente para os pregadores, pois mantém as pessoas ligadas ao púlpito, sedentas por mais palavras — enquanto o que DEUS quer são atitudes. A LEI DE DEUS é a base dessas atitudes. E não há fé verdadeira que permaneça viva fora da prática da obediência.
A fé e as obras não competem entre si — elas se completam.
A fé é confirmada pelas obras, e as obras só têm valor diante de DEUS quando são justificadas pela fé. Por isso está escrito que sem fé é impossível agradar a DEUS.
Uma obra feita sem fé pode até ser correta exteriormente, mas não tem valor espiritual. Da mesma forma, uma fé que não produz obras é vazia, ilusória, sem raiz.
Tome como exemplo o descanso no sábado: Quem descansa porque crê que DEUS descansou e deseja imitá-LO está unindo fé e obra — essa prática agrada a DEUS. Mas há quem não trabalhe no sábado apenas por conveniência, ou por rotina da empresa onde trabalha — sem qualquer ligação com a fé ou com a imitação do Criador.
Nesse caso, a obra está presente, mas sem a fé que a justifica — e, portanto, não tem valor eterno.
Não entendem que a verdadeira transformação só ocorre quando a prática da LEI DE DEUS começa de dentro para fora. Ouvir não é o mesmo que obedecer. E obedecer não é repetir frases ou gestos religiosos, mas praticar com sinceridade a justiça, a misericórdia e a verdade.
O mais grave é que muitos pregadores ensinam que não é preciso guardar a LEI DE DEUS. Dizem que o ESPÍRITO SANTO é quem vai fazer a obra sozinho, isentando o homem de sua responsabilidade.
Mas se as pessoas fossem ensinadas a obedecer, logo entenderiam que não precisam ouvir sempre o que já praticam. Quem vive a verdade, vive livre da dependência de discursos. Mas quem apenas ouve, sem obedecer, permanece imaturo.
Obedecer deve se tornar algo natural, como andar de bicicleta ou dirigir. No início, exige atenção e esforço. Mas com o tempo, torna-se parte da vida.
A SALVAÇÃO foi a receita. A VIDA ETERNA é a cura. E agora, a responsabilidade é sua.